Peculiar People of Setubal

Já são 6 anos desde que eu me mudei pra Setúbal e em tanto tempo eu observei muito o comportamento da população que vive nas redondezas. Por aqui ser um bairro/distrito residencial razoavelmente antigo [tem prédio de 2 andares quase na mesma proporção que prédios de 10~15 andares], tem um pueblo que vive naquela moda de vizinhança onde todos se conhecem e interagem, fofocando sobre a vida de vizinhança alheia e confraternizando nos fins de semana.

Setúbal também tem uma cota boa de loucos [nesse caso loucos mais patológicos, eu sou um louco de nível baixo], por exemplo o famoso Miró, que hoje em dia vem se recuperando e tá mais ou menos normal apesar de algumas sequelas que ficaram. Tem doido torcedor do náutico que sabe tudo do time e de futebol, mas tirando isso ele não tem mais noção de quase nada da vida, tinha um que ficou famoso aqui em casa por gritar ‘Américaaaa OI! OI! OI!’. Não sei se ele era um ex-street punk/oi! que gostava da novela em que Débora Secco fazia o papel principal ou se ele tava tentando chamar algum outro doido pra conversar. Tem outros doidos por aí também, mas hoje em dia muitos sumiram, o que é uma pena porque essa galera dava um tempero especial ao bairro!

Pelas redondezas também tem aquelas dona de casa que sabem da vida de cada um. De vez em quando eu penso que meu pai é uma dessas pessoas, uma vez que ele diz umas curiosidades sobre os outros que eu não sei realmente de onde ele tirou. Esse tipo de pessoa que eu não gosto muito. Já não gosto de donas de casa, acho que mulher tem que trabalhar também e não ser um pé de couve e ficar plantada em casa. Essas senhoras bastante cabulosas vivem fofocando no hall do prédio ou nos cabeleleiros, que é quase um marketplace pra falar da vida alheia. Ou seja, as cabeleleiras que trabalham por aqui sabem muito mais do que a gente pensa.

Outra turma interessante é a dos taxistas. Tão lá todo dia, vivem num papeado sobre futebol, mulheres e, porque não, a vida dos outros e que são bastante organizados e prestativos [nunca faltou taxi quando necessitei e eles têm até um telefone próprio só pro ponto]. Cada um lá se veste de um jeito, eles nunca tiveram uniforme, ao contrário dos que fazem ponto no Recife Flat que vivem de calça social e camisa social verde limão [parece que são patrocinados pela Deltaexpresso, heuehuea].

Acho que essas são as figuras mais interessantes que habitam por aqui. Quem sabe depois eu não faço um adendo se achar alguma coisa interessante..

Ugo.

The Whitest Boy Alive – Rules [nunca pensei que fosse gostar de um estilo de música tão minimalista quanto esse, mas é massa]

Let’s say chaos

Do mesmo jeito que Sheldon no começo da primeira temporada de The Big Bang Theory estava agoniado com a organização da casa Penny, eu quase tive um ataque durante um trabalho de informática que apresentei há pouco mais de uma hora.

Meu grupo, formado por meusmelhores amigos da faculdade, conseguiu se mostrar o mais caótico e desentrosado possíve. Pra falar a verdade, nossa organização [em trabalhos passados] nunca foi muito primorosa e sempre acabamos correndo contra o tempo vez de utilizá-lo a nosso favor, mas dessa vez não sei o que aconteceu.
As pessoas estavam bem mais irritadiças que o usual e todos os comentários que fossem fora do tom desejado logo eram alvos de críticas.

Era difícil tentar manter o bom humor quando quase ninguém cooperava, e eu acabei cedendo^: me irritei também e comecei a ser excessivamente irônico. Obviamente, ninguém gostou.

É claro que tem um mea culpa aí no meio, mas garanto que não sou o maior o maior responsável. Não entendo como meus amigos estavam se estressando tão facilmente com esse trabalho sendo que as aulas já tinham acabado e pra maioria só havia mais uma prova a se fazer, enquanto eu participo de um programa de trainee [ok que Rafaela trabalha na FCAP Jr, Nexinha tá no mesmo programa trainee, Bela trabalha e Alice tem a faculdade de design pra conciliar, mas não justifica], tenho 2 provas pra fazer OBRIGATORIAMENTE amanhã e sexta, uma reunião pra marcar, 2 blogs pra fazer e o projeto de integração do programa trainee, que eu ainda fui incumbido de ser o gerente do projeto.

Eu tentei o máximo ser relaxado e evitar tanto estresse, mas não foi possível, não sou o cara mais paciente do mundo, tou longe de ser.

Sei que esse trabalho foi um drama [desnecessário] monstruoso pra ser concebido, gerou atrito, gerou confusão e provavelmente todos devem estar putos/chateados/qualquer-sentimento-trash comigo, mas não adianta atirar pedra porque o meu comportamento foi apenas uma REAÇÃO, então pensem em si mesmos antes de tudo.

A apresentação do trabalho correu muito bem e o professor gostou.

Beijos

Transatlantic – The Whirlwind [um dia esse cd edição especial chega por aqui!]