Pensamentos

Acho que converso mais com minha cabeça do que com alguma outra pessoa. Também desconfio que isso aconteça com todos.

Por mais legal que isso seja, incluindo poder tentar resolver problemas do dia a dia, bolar planos futuros, etc. Acaba, de vez em quando, sendo uma coisa ruim.

Certas vezes na vida, alguem nos passa uma mensagem clara e direta, com um significado único e de fácil de entender. Porém, justamentente por causa de nossos pensamentos, acabamos criando, de maneira incrivelmente incompreensível, uma resposta alternativa a o que deveria só ter uma interpretação.

Isso faz com que ilusões sejam criadas, fazendo com que vivamos num certo mundo alternativo até que a realidade nos bata de frente e com uma força que nem sempre paramos pra imaginar. Isso é o ruim no mundo dos pensamentos. Por mais que eles no façam ver um mundo melhor, com certeza não são o meio mais certo de se viver, pois quase sempre acaba que o que foi pensado como alternativa não dá certo e você quebra a cara.

Infelizmente, nem sempre podemos viver no mundo de realidade e acabamos por nos aventurar nesse país das maravilhas que existe em nossas cabeças.

Eu, por exemplo, quero viver nele por um tempinho. Vou lá, numa esperança não fundamentada [até anti-fundamentada], pronto para uma colisão com o mundo real.

Ugo.

Yellow Matter Custard – One Night in New York City

Os cinco minutos antes de dormir

Num dia normal, quando acordo cedo [6h] e vou dormir relativamente tarde [23h], não costumo demorar mais de 5 minutos para cair no sono. Porém, desde que criei o blog, observo que esse teoricamente curto espaço de tempo até eu me entregar aos braços de Morfeu é que me faz pensar em muitas coisas vividas no dia e na vida toda. Não é uma eternidade toda que passo lá pensando, são apenas 5 minutos que me levam a todo um filosofar bem louco, e é daí que surgiram vários posts.

Esse momento que a gente tem pra si próprio enquanto está na cama é bem interessante: estamos sozinhos [mesmo que haja outra pessoa na cama, ou ela estará dormindo, ou estará pensando na própria vida, ou estará conversando contigo e estragará a minha idéia], o silêncio [geralmente] impera e as imagens começam a passar na cabeça. São imagens de todos os tipos: boas, ruins, estranhas, engraçadas, etc. É mais ou menos uma versão curta daquilo que dizem ser a experiência de quase-morte, em que passa um ‘filminho’ na cabeça da pessoa e ela revê todo seu passado e tal. A diferença é que, na maioria [se não em todos] dos casos em que a gente chega perto de bater as botas, o hospital é o próximo lugar no qual retomamos consciência. E isso não dá certo bloguísticamente, ou até dê, vai saber. O importante é que quando a gente tá lá quase asleep, surge muita coisa pra se pensar.

Várias vezes eu já estava bastante perto de cair no sono e, PIMBA!, me ocorreu uma ideia. Aí lá vai Ugo se levantar e começar a escrever todo um texto pro blog. É uma maneira válida de escrever, sem dúvidas. Porém acaba deixando quem for publicar alguma coisa muito susceptível a erros ortográficos e de coerência [agora são 13h e eu já tou me policiando pra não cometer nenhum desleixo nesse texto -acabei de corrigir o ‘ideia’ da 1ª frase deste parágrafo]. Isso sem contar no sono no outro dia, já que eu preciso sempre ter um sono regular, porque quando não durmo muito, acabo compensando nas aulas bizarras do dia seguinte na faculdade [no cursinho nem pensar, lá tou sempre batendo continência – com exceção das aulas de português em que a professora se esforça horrores pra fazer a turma aprender a usar a crase da maneira correta e eu de vez em quando dou uma ‘pescadela’ – pescar + piscadela].

Nem parei ainda pra reler os textos que foram publicados aqui [geralmente escrevo tudo de uma vez e publico. Quando erro, cabe aos meus fieis -?- leitores me policiarem. E sempre foi assim, desde minhas provas de redação do colégio, onde quem corrigia os erros eram os professores mesmo, afinal reler o que já foi escrito 2 minutos atrás é chaaato] e por isso não posso dizer quais são meus posts favoritos nem se eles foram escrito de manhã [quando a idéia bate bem na hora que tou indo pra faculdade e eu tenho um tempinho pra escrever], de tarde [na hora do almoço, quando tou em casa] ou de noite [que é quando eu realmente tenho algum tempinho livre pra mim]. O que é interessante é que toda vez que eu deito, tenho cinco minutos antes de dormir pra pensar no dia que passei e no resto da vida e acaba muitas vezes gerando uma ideia que mais tarde [ou na mesma hora, se eu tiver coragem de levantar].

Ugo.

Franz Ferdinand – Tonight: Franz Ferdinand [já ouvi mais de 7 vezes esse cd nos últimos 3 dias. Muito bom]