It’s all about routine

Eu me sinto um pouco mal por estar meio desleixado em relação ao blog: venho demorando mais que o normal pra postar coisa nova.  Mas só me sinto um pouco mal mesmo, não estou querendo me matar, nem estou chorando, nem nada. E aí? Além de desleixado, eu sou insensível? Não necessariamente.

Uma coisa muito importante que eu sempre observei é a necessidade de manter uma rotina pra certas coisas [por mais que digam que é necessário quebrar a rotina]. O exemplo mais básico deve ser o de escovar os dentes ou tomar banho, que a gente pode nem perceber mas é um hábito que foi imposto por nossos pais [ou deveria ter sido, né, fedorentos?] e que nós assimilamos e desde então o repetimos diariamente. Uma pessoa que não está acostumada a isso provavelmente não sentirá a necessidade de todo dia pegar a escova de dente, atolar pasta e escovar os dentes [além do resto da higiene bucal, né?]

Isso é o básico, é senso comum e tudo mais. O que não vejo todo dia é alguém reconhecendo que o ideal é trabalhar todo dia [de segunda a sexta, lógico!] e estudar todo dia [sem aulas intercaladas] porque quando a pessoa forma uma rotina boa [em que não há pausas no meio da história], o aproveitamento tende a ser melhor. Eu mesmo sou exemplo vivo do efeito de um hábito negativo causado pela faculdade. O professor de fundamentos do direito, por mais inteligente e gente fina que seja, vive faltando. Ele tem mil compromissos e por causa disso se sente no direito de não comparecer à nossa aula. Aí deu a vontade em mim de ser recíproco em relação a ele. Ele falta quando eu vou e eu falto quando ele vai! [logicamente, não deu muito certo e eu logo tratei de ir pras aulas dele normalmente, mas totalmente desestimulado]. Esse ‘vou dia sim, dia não’ do professor quebrou a rotina e acabou por fazer o interesse dos alunos esvair-se, ao contrário do que aconteceria se ele não tivesse faltado tanto.

É fácil de perceber que o caso de quebra de rotina mais na cara pra quem acompanha  blog foi quando eu passei mais de uma semana sem atualizar. Até já dei minhas justificativas, mas pra quem pelo menos uma vez por dia vinha aqui pra ver se tinha coisa nova e estava sempre a mesma coisa, isso mostra o descaso do dono do blog e faz com que a pessoa não volte mais a visitar com uma frequência certa o InsideAltside [o número de visitas diárias caiu expressivamente].  E isso também acarretou num efeito contrário! Por ter passado tant tempo sem escrever, acabei perdendo o hábito de postar duas ou três vezes por semana, hábito esse que vou me esforçar pra retomar.

Dá pra falar também da academia, onde a gente vê dois extremos por lá: os supersaudáveis e os nem-tão-supersaudáveis-assim, que vão um dia e faltam dois por semana. A galera que já consolidou essa rotina de ir pra academia várias vezes por semana [e que não falta nem a pau] sente a necessidade de ir lá, enquanto os que não tiveram força de vontade pra fazer com que ir malhar se tornasse parte integrante de sua vida tendem a estar desestimulados e no final das contas vão acabar desistindo. Eu posso falar com propriedade sobre isso, já que há um tempo atrás cheguei a ir 4 meses pra academia, sendo que eu sempre ia inventando alguma desculpa pra faltar [entre elas: ‘tou com sono’, ‘acabei de jantar’, ‘já vou jogar basquete amanhã’, ‘vou perder o Jornal Nacional’, tá bom que essa última é mentira, mas as outras eram verdade]. E de tanto manter esse ritmo incerto, desisti de malhar [se bem que um dia eu voltarei, preparem-se!]. É até engraçada a expressão ‘manter um ritmo incerto’ porque é a rotina de não estabelecer uma rotina [eita confusão].

Além disso, dá pra citar vários outros exemplos, mas se eu for explicar um por um vai ficar muito chato, cansativo, repetitivo [e tome adjetivo negativo], etc. A mensagem é bastante simples: pra várias coisas na vida é necessário um hábito [saudável, claro] que discipline a pessoa, porque é isso que vai fazer com que ela não desista de tal coisa no meio do caminho [como na academia ou em aulas de idiomas ou instrumentos musicais – coisa bem comum de acontecer]. Quando fica estabelecida uma rotina, é difícil sair dela e assim a pessoa tende a ficar sempre ‘em cima dos trilhos’ e vai cumprir suas obrigações sem resmungar e sem cara de choro. Então, para ter sucesso com alguma coisa [preferencialmente as supracitadas, não tou dizendo que por você manter uma rotina X vai conseguir fundar um segundo Google – lógico que um alto teor de disciplina e um hábito nem-tão-saudável-assim de trabalhar são necessários], it’s all about routine.

Ugo.

Spock’s Beard – Snow [masterpiece =~~]

Eu sei, professor!

Hoje eu fui pra última aula lá do cursinho [AEEEE, mas daqui a 2 semanas tem mais]. Chegando lá [no cursinho, não na Ilha do Retiro], sentei na segunda fileira, localizado na parte central da fila. Estava feliz por estar cada vez mais perto da prova, já que isso significava a possibilidade de uma reviravolta na minha vida [com prós e contras, sendo que os prós sobrepujam os contras nesse caso] além de implicar que eu teria uma pausa nessa vida super corrida de assistir aula de domingo a domingo [coisa que não vai voltar a acontecer, pelo menos nem tão cedo].

Poucos minutos após ter entrado, chegou o professor e começou a aula. Como era um curso de testes em que no total 350 questões seriam resolvidas em 2 semanas, uma parte da didática era a de que aos alunos fosse dada a chance de responder antes de saberem a resposta oficial. Quase que eu ia me lascando nessa sistemática. Do meu lado, havia uma mulher dos seus 30 anos extremamente cabulosa. Insuportavelmente cabulosa. Cabulosa pra cacete, sinceramente falando.

A cada instante que o professor dava um espaço pra alguém responder, ela falava mais alto que tudo e todos a resposta. Pode parecer até inveja [isso me lembrou uma música ‘pode até parecer fraqueza[…]’, que eu só conheço ela da mensagem pessoal do msn de umas 100 pessoas que já botaram achando o mááximo.], mas de inveja não tem nada. A minha ‘politica’ de concurseiro versa bem mais sobre as minhas capacidades do que sobre as capacidades dos outros, então pouco me importa se um punhado de gente lá da sala vai tar sabendo a constituição de trás pra frente [só importa se forem todos os concursandos, porque aí lascou aehueahuaehuea]. Não bastando responder somente às perguntas, mas tinha hora que o professor falava a resposta e ela repetia a resposta superempolgada. Nada mais insuportável do que ficar ouvindo o eco do que já tinha sido dito 1 minuto atrás.

E o pior [pra ela, lógico] é que, ao responder [e repetir] a tudo que o professor perguntava, ela ia acumulando uma superconfiança que ela não tem noção do quão frágil é. Quando alguém está nesse estado psicológico que sai falando tudo, na primeira hora em que o resultado não for compatível com o original, a casa caiu. Já estou até prevendo [ressaltando que não é um pensamento maléfico por ela ter ficado do meu lado enchendo o meu ouvido de caquinha, é apenas um pensamento faux estatístico-psicológico] que no meio da prova ela vai se deparar com alguma coisa que não viu e vai desesperar-se. Vai entrar em pânico, vai dar branco na cabeça, vai acontecer tudo, menos o fato de ela retomar a confiança [não sem ao menos passar 30 minutos ou uma hora pensando na vida, enchendo a cabeça de pensamentos de auto-ajuda, etc. – e 30 minutos pra quem faz concurso, exceto pra uma minoria na qual eu me incluo em que tempo não é problema, é o suficiente pra perder 10 questões.].

Eu concluo essa sucessão de pensamentos dessa maneira: quem sabe, sabe. Contra fatos não há argumentos. Porém, há quem sabe fazer prova, o que difere de apenas ter conhecimento dos assuntos que vão ser abordados. Há todo um preparo psicológico-emocional envolvido que nem todos têm [tem acento sim, Paty!] e que, pra minha sorte, acaba prejudicando vários na hora da prova. Tomar ‘anabolizante’ de confiança não serve, já que todos os Deca, Durateston, hormônio de cavalo, de chupacabra e de bezerro que eu conheço sempre foram causadores de impotência, além de vários outros sintomas que eu procuro nem me aprofundar porque se eu for fazer um estudo aprofundado, vou passar o dia rindo daqueles caras que tomam bomba na cara de pau [ficar pensando ‘zifudeu preiboy’ mwhahaha]. Essa prova que vou fazer amanhã é o resultado de uma interação de conhecimento com preparo psicológico-emocional, e ponto final [bom que rima, né]. Quem se ilude, na hora do pega pra capar é capaz de ser capado.

Ah, sim: 15 minutos depois, fugi pro outro extremo da sala, porque passar 2 horas com uma doida dessas no pé do ouvido é impossível [pelo menos pra mim]. Tranquilo que estou, jajá vou pro show de Lenine no Teatro da UFPE, porque não há nada melhor do que relaxar antes de uma prova. Neguinho que fica tenso tentando aprender o que não aprendeu na hora certa só tende a se lascar.

Ugo.

The Cinematic Orchestra – Motion [pensou que eu ia botar ‘Lenine Labiata‘? É um ótimo CD também, mas faz dois dias que eu ouço TCO alucinadamente. É muito bom. Vou até inovar e vou deixar aqui o vídeo de Breathe, do último cd deles, chamado Ma Fleur.]

10 reais em cada

[primeira vez que passo um tempo relativamente grande sem atualizar o blog. Isso se deveu em parte porque a internet aqui de casa parou de funcionar na segunda-feira e também porque a preguiça/trabalho-maldito-de-sociologia/concurso não contribuíram muito para que eu tivesse paciência para escrever alguma coisa. Bom, o trabalho já foi, a internet já voltou, a preguiça continua – como sempre – e o concurso vem daqui a 3 dias. Hora de postar =)]

Terça-feira passada [19 de maio de 2009 pra ficar bonitinho quando alguém for ler daqui a alguns anos – isso se o nosso amado Google salvar todas as páginas da internet, até as bizarras como meu blog], eu estava no.. deixa eu lembrar.. sei lá. Naquele infame ponto que recarrega o antigo passe-fácil [atual VEM – Vale Eletrônico Metropolitano] perto da Conde da Boa Vista.  Lá, que geralmente tem [ no singular não ‘tem’ acento circunflexo, mas meu avô insistiu que no plural ‘tem’ tem acento. E essa confusão só tende a aumentar… ] filas gigantes, o calor é infernal e os atendentes são bastante lentos, a maioria dos estudantes, sejam eles secundários ou universitários, já foi lá gastar umas meia-horinhas da vida pra recarregar o cartão.

Fui lá pela milésima vez no dia que eu disse no parágrafo anterior a esse agora [ou seja, na terça]. Chegando lá, para a minha felicidade, havia pouquíssima fila, pouquíssimo barulho e, logicamente, pouquíssima espera. E foi depois de recarregar o meu VEM que eu ouvi a seguinte pérola que eu acho que quase todo mundo que já foi lá ouviu: ‘bota 10 reais em cada’, disse uma adolescente que tava segurando o cartão dela e de uma amiga que estava esperando ao lado. Não quero entrar no mérito econômico da história, já que eu acho que ele nem chega a se aplicar aqui. O cálculo básico para quem usa o VEM pra ir pra escola é bastante simples: cada uso custa uns R$0,90 ou algo parecido. A pessoa vai e volta cada dia, então seria R$1,80 diários e R$9 semanais, totalizando mais ou menos R$36 mensais.

Fico curioso por não saber por que diabos elas botam R$10 em vez de botar o valor mensal. Será que gostam de ir lá naquele lugar quente e habitualmente superlotado? Ou gostam de andar por aquelas ruas bem legais da Boa Vista, que tem um ecossistema bem peculiar e que não deve existir um igual em canto algum: os vendedores de vale [‘compro e vendo vale’/’vale A e vale B eu compro’], os vendedores de água [‘água é 50’], além daquelas que ficam na porta de self-services anunciando [‘hoje tem bacalhau e peixada’], etc. [Por sinal, a nova moda agora é vender caneta do time preferido com seu nome esculpido através de uma minisserra -acertei?- elétrica].

Acho que quem anda de ônibus todo dia e tem o seu VEM deveria recarregá-lo mensalmente. Lógico que vão haver casos em que a pessoa não tem condiçõees de fazê-lo, mas se cada pessoa for recarregar semanalmente, vai haver bem mais gente lá nas filas do que seria necessário caso fossem mensalmente. Na primeira vez que fui recarregar o meu Vale Eletrônico Metropolitano cheguei a passsar 1h30 na fila, que se arrastava por mais de 100 metros por fora dos balcões onde se faz o recarregamento. Pelo que eu fiquei sabendo, também haverá um recarregamento alternativo, onde a pessoa poderá imprimir o boleto do pagamento e no próprio ônibus os cobradores colocariam os créditos. Acho isso, apesar de ser uma evolução, ainda muito retrógrado. O certo mesmo era poder recarregar diretamente pela internet, sem a necessidade de um intermediário, mas não há como negar de que isso já vai ajudar bastante.

Por enquanto não lembro de muito mais pra dizer, só sei que daqui a um dia ou outro, no mais tardar domingo ou segunda, haverá post novo.

Ugo.

The Clash – From Here to Eternity [muito bom, só de músicas gravadas ao vivo de várias datas diferentes. Destaque pra Guns of Brixton e Magnificent Seven]

Amphetamines for breakfast, please.

Esse post já tava esquematizado na minha cabeça há um tempão, mas como ele mesmo vai tratar, não tive tempo.  Claro que a meia-hora que tou tendo agora pra escrever eu tive outras vezes desde que pensei nesse tema, mas faltava algumas peculiaridades que ajudam na hora de escrever, sendo a principal delas a vontade de escrever [começar a redigir um post sem vontade alguma não dá certo. Provavelmente sairá um texto completamente redundante que não acrescentará nada no blog e fará quem estiver lendo perder seu tempo].

Sabemos que na sociedade moderna o tempo é cada vez mais escasso e que temos de fazer [muito] mais em [muito] menos tempo. As pessoas acordam correndo, já com pressa mesmo que o sol ainda esteja num raiar preguiçoso. Fico até em dúvida se não deveriamos dormir em pé, porque aí já acordariamos em uma posição melhor para correr [continuando a viagem: quando fôssemos dormir, deitaríamos e, no meio da noite, um sistema da cama colocaria-a na vertical. Com isso, quando acordássemos, não poderíamos ficar com preguiça e tentar voltar pra cama]. O tempo que tenho desde que acordo até que saio de casa é quase cronometrado, são 45 minutos pra tomar banho, tomar café da manhã e se ajeitar. Quando chego em casa, na hora do almoço, mais uma hora até sair de novo pra aula, e por aí vai.

Tem gente que sai de casa às 7h e chega às 23h, alternando trabalho com estudo. Como se faz pra sobreviver a um ritmo desses por 3, 4 anos? Só com uma boa quantidade de anfetaminas fazendo o papel de sucrilhos no café da manhã e umas latinhas de ré de burro no lugar do leite. Tem que ser essa dieta para fazer com que alguém tenha energia pra aguentar de segunda a sexta [depois de um dia completo, ainda vão te obrigar a sair pra algum canto até as 5 da manhã fazendo sabe-se-lá-o-que], isso quando não tem nada no sábado de manhã.

Isso me lembra os Beatles. Na muito resumida biografia que li deles no Whiplash, além daquela que tem no Wikipédia, eu vi que eles tinham que tocar na mesma noite por várias horas consecutivas em bares alemães em condições horríveis. Ou seja, eles estavam antecipando [de maneira diferente] o que muita gente está tendo que fazer isso. Essa é a nova rotina do nosso ‘Brave New World’ em que a gente tem um bocado de obrigações e muito pouco tempo de sobra.

Pra minha sorte, eu ainda não tenho uma rotina tão hardcore assim, mesmo tendo aulas dia de sábado e dia de domingo. Se bem que, se eu passar em algum concurso, a faculdade vai ter que ser transferida pro turno da noite e voi-la, terei me enquadrado nesse grupo de pessoas que vive pra estudar e pra trabalhar. E, de qualquer jeito, isso tende a ser temporário. Duvido que alguém aguente sofrer desse jeito por mais de 5 anos, não é possível. Um dia, alguma coisa acaba, seja lá a faculdade, o curso, o emprego voluntário, ou a própria vida. A não ser que a pessoa esteja no lugar em que queria estar todas as horas e não sinta nenhum stress com isso [Tácio Maciel que o diga].

Não sei aonde vai dar nisso. Acabamos lendo que várias pessoas acabam se matando por causa de tanta pressão e stress [os japoneses überworkaholics que o digam]. Acho que cabe a cada pessoa medir o quanto se pode aguentar e, no momento certo, decidir parar ou ir aliviando a carga de coisas pra fazer. Pelo menos essa flexibilidade uma faculdade dá, já que podemos optar por quantas cadeiras fazer e tal, mas há gente que, se não está trabalhando numa rotina fixa de manhã até de noite, pelo menos quando está sem trabalhar, ou está pensando no trabalho, ou está indo rumo a algum lugar onde vai trabalhar [e, provavelmente, usando o notebook pra ir ‘adiantando’ o inadiantável, já que trabalho nunca falta pra ninguém que tá empregada – excluem-se certas pessoas, como aquelas estagiárias da administração fazendária, cof cof].

Sei lá, cada um por si nessa situação. Meu limite é bem variável, depende do que estou almejando e, quando encho o saco, simplesmente paro. Não vou ficar me torturando por coisa desnecessária, ué. [favor não interpretar como eu estando de saco do curso do NUCE que me faz ter aula de domingo a domingo. Estou muito bem lá, obrigado.]

Ugo.

Los Sebozos Postizos – Noites do Bem [quero ver o show deles no Mercado Eufrásio =)]

Madre mia!

Primeiramente, gostaria de agradecer a todos que visitaram/visitam o Inside Altside [principalmente aos que regularmente visitam, hehe] porque o blog já está batendo a marca dos 1000 hits em 3 semanas de existência. Não sei se isso é bom, muito bom, ou excelente em relação a outros blogs parecidos com o meu [há algum doido que escreveria coisa parecida com a minha? Isso ia virar post, mas deu preguiça.], porém o que importa é que para mim é uma quantidade enorme e que eu não pensava que ia alcançar nem tão cedo. Lembrando que há a comunidade no orkut também.

Esse post é especialmente dedicado para as mães e futuras-mães que por ventura vierem a ler o que eu estou escrevendo, já que amanhã é o dia delas. Não que só mereçam esse dia, mas acharam melhor um só momento em que culminasse toda nossa admiração por nossas mães e até pelas mães dos outros [excluindo o sentido maldoso a la mãe do Stifler, não é, Finch?].

Na parte biológica da conversa, a mãe é a personagem principal. Sem ela, não nasceria o filho nem a pau [ambiguamente falando].  É ela que posteriormente vai amamentar, vai cuidar e se dedicar quase-que integralmente ao filho. E isso não acaba quando o tempo passa. As mães tendem sempre a acompanhar a vida de seus filhos, estão sempre tentando participar ativamente de suas vidas,  discutir todos os problemas e educar [não que os pais não o façam,  mas as mães tem uma presença muito forte dentro do lar, já que o que rege na sociedade é o fato de que os pais acabam trabalhando mais do que as mães -embora isso esteja mudando- e que elas descontam isso em casa, cuidando dos filhos e do lar].

É difícil sair generalizando sobre vários aspectos relativos à mãe alheia, já que todas tem suas peculiaridades e se eu disser algo sobre uma, pode ser o oposto em relação a outra. Mas há aspectos que são inerentes a qualquer mãe. Uma mulher que passa 9 meses [em média] com um filho na barriga, que aguenta todos os sintomas que vem com a gravidez, que batalha pra poder dar tudo do bom e do melhor para seu vindouro filho, é, sem sombra de dúvidas, uma guerreira e merece ter todo seu esforço reconhecido e, logicamente, recompensado [daí a justificativa de terem a licença-maternidade e a necessidade dela ser ampliada]. As que não conseguiram conceber os seus filhos não podem ser excluídas [apenas as que não quiseram , essas sim não merecem elogio algum -apesar da máxima de que cada caso é um caso-], já que elas passaram por todo um processo, mesmo que não tenham conseguido dar luz à criança. Essas, espero eu, um dia conseguirão o seu objetivo e, se incapacitadas fisicamente, ainda podem adotar um filho, pois mesmo que pese o fato de não ser biológico, o laço de comprometimento e amor com o bebê/nem-tão-bebê-assim é o mesmo [imagino que minha tia Lela concorde com isso, já que minha prima Clarinha é a prima mais amada da família -embora ela seja a única prima -].

Isso leva ao segundo ponto: o amor de uma mãe é incondicional [tirando as malditas que abandonaram seus filhos seja lá por que razão]. Por maior que seja a besteira que você faz, sempre será perdoado pela mãe [isso não justifica você querer ser um neonazista].  Esse dom é um dos mais especiais, já que Deus [o católico] que ama a todos ainda tem a cara de pau de mandar raio na cabeça de neguinho, enquanto uma mãe não faria o mesmo.. Elucubrações [anti]religiosas a parte, todos sabemos que um dia ou outro acabamos por brigar com nossas queridas genitoras. Isso pode acontecer por vários motivos, mas o que observamos é que no final tudo se arruma [teoria do Good Times, Bad Times, como diria o Led Zeppelin em um diferente contexto]. Pedimos desculpas, choramos, imploramos, e elas, misericordiosas que são, sempre aceitam. Isso só reforça uma coisa: o amor de uma mãe é incondicional, sempre.

E há muitos aspectos pra continuar enumerando, explicando e justificando. Mas eles são bastante óbvios e é desnecessário ficar delongando sobre eles. Creio que todos nós amamos nossas queridas mães e que elas fazem o mesmo em relação a nós.

Aos que puderem, curtam com suas mães esse dia que é delas. As avós, tias, primas-que-são-mãe, amigas-que-são-mãe, etc. também estão incluídas! Aos que não puderem, como eu, liguem, mandem email, encham o saco no MSN. Faça alguma coisa, Mutley!

Ugo.

Paganini – The 6 Violins Concertos [faz 1 dia que só ouço isso, tá na hora de mudar, antes que o sindicato dos letristas venha atrás de mim por passar tanto tempo sem ouvir/ler/escrever uma letra de música.]

Os cinco minutos antes de dormir

Num dia normal, quando acordo cedo [6h] e vou dormir relativamente tarde [23h], não costumo demorar mais de 5 minutos para cair no sono. Porém, desde que criei o blog, observo que esse teoricamente curto espaço de tempo até eu me entregar aos braços de Morfeu é que me faz pensar em muitas coisas vividas no dia e na vida toda. Não é uma eternidade toda que passo lá pensando, são apenas 5 minutos que me levam a todo um filosofar bem louco, e é daí que surgiram vários posts.

Esse momento que a gente tem pra si próprio enquanto está na cama é bem interessante: estamos sozinhos [mesmo que haja outra pessoa na cama, ou ela estará dormindo, ou estará pensando na própria vida, ou estará conversando contigo e estragará a minha idéia], o silêncio [geralmente] impera e as imagens começam a passar na cabeça. São imagens de todos os tipos: boas, ruins, estranhas, engraçadas, etc. É mais ou menos uma versão curta daquilo que dizem ser a experiência de quase-morte, em que passa um ‘filminho’ na cabeça da pessoa e ela revê todo seu passado e tal. A diferença é que, na maioria [se não em todos] dos casos em que a gente chega perto de bater as botas, o hospital é o próximo lugar no qual retomamos consciência. E isso não dá certo bloguísticamente, ou até dê, vai saber. O importante é que quando a gente tá lá quase asleep, surge muita coisa pra se pensar.

Várias vezes eu já estava bastante perto de cair no sono e, PIMBA!, me ocorreu uma ideia. Aí lá vai Ugo se levantar e começar a escrever todo um texto pro blog. É uma maneira válida de escrever, sem dúvidas. Porém acaba deixando quem for publicar alguma coisa muito susceptível a erros ortográficos e de coerência [agora são 13h e eu já tou me policiando pra não cometer nenhum desleixo nesse texto -acabei de corrigir o ‘ideia’ da 1ª frase deste parágrafo]. Isso sem contar no sono no outro dia, já que eu preciso sempre ter um sono regular, porque quando não durmo muito, acabo compensando nas aulas bizarras do dia seguinte na faculdade [no cursinho nem pensar, lá tou sempre batendo continência – com exceção das aulas de português em que a professora se esforça horrores pra fazer a turma aprender a usar a crase da maneira correta e eu de vez em quando dou uma ‘pescadela’ – pescar + piscadela].

Nem parei ainda pra reler os textos que foram publicados aqui [geralmente escrevo tudo de uma vez e publico. Quando erro, cabe aos meus fieis -?- leitores me policiarem. E sempre foi assim, desde minhas provas de redação do colégio, onde quem corrigia os erros eram os professores mesmo, afinal reler o que já foi escrito 2 minutos atrás é chaaato] e por isso não posso dizer quais são meus posts favoritos nem se eles foram escrito de manhã [quando a idéia bate bem na hora que tou indo pra faculdade e eu tenho um tempinho pra escrever], de tarde [na hora do almoço, quando tou em casa] ou de noite [que é quando eu realmente tenho algum tempinho livre pra mim]. O que é interessante é que toda vez que eu deito, tenho cinco minutos antes de dormir pra pensar no dia que passei e no resto da vida e acaba muitas vezes gerando uma ideia que mais tarde [ou na mesma hora, se eu tiver coragem de levantar].

Ugo.

Franz Ferdinand – Tonight: Franz Ferdinand [já ouvi mais de 7 vezes esse cd nos últimos 3 dias. Muito bom]

Do arroz piemontês à picanha nobre: a hierarquia nos rodízios de carne

Hoje, enquanto almoçava no Sal e Brasa com meu pai, minha madrasta e um amigo nosso, surgiu na conversa uma tentativa de hierarquizar os garçons pela comida que servem. É fato de que há sempre opções mais e menos populares, e eu não tenho a mínima informação se o garçom escolhe por conta própria ou por sua experiência na casa. Decidi teorizar a partir da hipótese de que eles utilizam um ranking de acordo com seu tempo trabalhando e sua habilidade na hora de servir.

O prato mais rejeitado, pelo menos na  muitas vezes em que fui a rodízios de carne em vários restaurantes diferentes, é o arroz piemontês [pode chamar de piamontês, à piamontesa, à piemontesa, pode chamar até de arroz do piemonte se quiser. Não sei por que diabos a galera dessa região longínqua da Itália decidiu fazer uma invenção culinária tão macabra. ]. Quase ninguém pede essa gororoba que dá até pra brincar de guerra de bolinhas de arroz piemontês. Além de ser pouquíssimo famoso, ele é facílimo de servir, afinal qual o mistério em pegar a colher, enfiar naquele monte grudento e jogar no prato do cliente?

A gente foi chegando à conclusão que, após um certo treinamento com o arroz, a pessoa evolui para batata frita/banana frita/cebola frita. É totalmente o inverso no quesito popularidade, já que muita gente sempre pede um pouquinho de pelo menos uma das opções. Enquanto isso, pra servir continua bastante fácil e sem mistérios. Outra categoria que pode ser do mesmo ranking é a farofa de ovos, que tampouco requer muito esforço físico/mental pra fazê-la chegar no prato alheio. São dois pratos bastante simples e que estão no gosto do povo, ajudando o novo garçom a ir se adaptando a um ritmo mais puxado de trabalho, diferente do arroz piemontês.

Depois, talvez já seja a hora de chegar em alguma coisa feita de carne mesmo, pois até agora o cara só tava trabalhando com coisas que o PETA não faria questão de reclamar, afinal não são inocentes animais que estavam sendo abatidos pra nossa gula. Acho que o melhor jeito de se começar a trabalhar com corte e tudo mais é pelo coração de galinha e pelas linguiças [sem trema, sabe por que? ‘não trema em cima da linguiça’, como dizem os novos reformistas]. Talvez o a coxinha de faisão também seja recomendada, já que, apesar de não ser muito popular, é uma das coisas mais fáceis de serem servidas. É possível ainda um pouco mais de aprofundamento, abrindo dois nichos: o garçom que não obteve muito sucesso, mas que as leis trabalhistas brasileiras fazem com que não seja lucrativo demitir o pobre coitado, e o garçom que se desempenhou melhor, merecendo ‘evoluir’ no seu trabalho.

O primeiro, que sabe-se-lá-por que não conseguiu fazer o seu labor com louvor, seria encaminhado para a coxinha de faisão, depois podendo ser passada a ele a missão de servir algumas carnes mais complicadas, como a pesada peça de fraldinha, costelas, cupim, etc. Depois vou falar sobre o fim de carreira de um funcionário mediano.

Aquele que teve uma atuação melhor deve, consequentemente, ter um serviço melhor. Então para ele, após a recém promoção, poderia ser atribuída a função de servir pratos que ainda não são tão populares, mas que são de mediano manejo e que não pesem tanto como um gigante pedaço de maminha. Estariam incluídos: picanha de porco, picanha com alho, alcatra com queijo, javali, chorizo argentino, etc. Com um pouquinho de experiência a mais, creio que o nosso amigo garçom já estaria apto para servir a tão desejada picanha bovina, que é almejada praticamente por todos que vão a um rodízio de carne. Pouco mais se tem a subir: chegando ao topo da sua carreira trabalhando com sistemas de rodízio, finalmente alcança-se a picanha nobre, que no meu hipotético texto seria o ápice, pois além de ser picanha, é a parte mais valorosa e saborosa [hmmm, tá me deixando com água na boca].

Depois que ambos os dois esteriótipos hipotéticos de funcionários de rodízio de carne chegam ao seu clímax laboral, acho que é hora de trabalhos menos tensos. O que nunca conseguiu ser um grande garçom pode ter como nova [e, possivelmente, última] função carregar o carrinho de sobremesas, já que ele nunca conseguiu nenhum feito, sair andando pra lá e pra cá cheio de coisas deliciosas não deve ser muito difícil também. O outro, entretanto, teria como atribuição o carrinho de surubim e outros que sejam empurrados, já que é menos esforço ficar empurrando carrinho do que segurando peças de carne de vários quilos. Por fim, quem sabe um lendário garçom não vire um [assistente de] gerente, mas aí vai depender de mais coisas além de ‘apenas’ [já que eu mesmo não conseguiria servir nem a batata frita direito] servir carne.

Esse post deu uma água na boca massa, ainda bem que jantei há pouco tempo. Mesmo tendo estado há pouco menos de 10 horas em um rodízio de carne, não sou ninja de lembrar cada corte de carne, cada tipo de prato, etc. Tampouco o texto tem alguma finalidade científica. É só um realzinho de insônia e uma idéia [bastante maluca, por sinal] na cabeça.

Ugo.

Manu Chao – Clandestino [destaque pra La Despedida]

Eu queria ser Oficial de Justiça do Inferno

Por mais bizarro e espantador que pareça esse texto [principalmente pra minhas pacíficas famílias que provavelmente vão ler e se abismar com a minha falta de delicadeza aqui], é algo bem sincero. Esse post não é por causa de trauma ou alguma coisa [se bem que o maldito que roubou meu relógio enquanto eu estava dentro do ônibus iria para o inferno em minha regência também]. É só porque, enquanto a gente vai vivendo, vão acontecendo coisas que acabam por ir fazendo com que eu vá tramando os planos mais malvados em relação a essa galera do mal [e é aí que minha mãe, integrante ativa do grupo de defensores dos direitos humanos vai entrar rasgando pra cima de mim]

Pois bem, definindo o inferno: aquele lugarzinho bíblico caliente [embora eu não acredite, porque a única coisa que eu sei com certeza é que acima da gente há o céu – no inglês é chamado de sky, enquanto o outro ‘céu’ se chama heaven] em que a galera sofre de uma maneira bem porreta. Vou mandar essa galera que vai ser citada no próximo parágrafo pra lá, vai que eles aprendam no melhor estilo sistema penitenciário brasileiro [“São várias as finalidades que o regime prisional visa alcançar. Augusto Thompson enumera essa multiplicidade de fins em: ‘confinamento, ordem interna, punição, intimidação particular e geral e regeneração‘” diz esse texto aqui]. Fica aqui definido que o meu objetivo é a regeneração dos meus queridos infernizados. Eles vão pra lá pra pensar no que fizeram e depois de muita reflexão, quem sabe eu não ‘pesque’ [já que eles tão lá embaixo] eles de volta, afinal eu sou bastante piedoso também.

Quem seriam os sorteados, então? Primeiramente, os que me levaram a esse pensamento: malditos pichadores de muros. Estava passando de ônibus pela Agamenon e quando vi o muro da escola pública que eu fiz minha prova do ENEM há quase 2 anos, ele tava todo pichado. Somei isso também ao anúncio da reforma da fachada da Celpe que também estava pichado por sabe-se-la-quem. Porque diabos uma pessoa picha o próprio nome? Não vou me aprofundar sobre isso porque dá pra falar tão mal deles que eu consigo escrever um novo post só descendo o sarrafo neles.

Tem também os ladrões [e é aí que vem o papo humanitário severo]. Por mais que  a cidade, o estado, o país ou seja lá quem não tenha dado condições a todos de viverem com o básico necessário, nada justifica uma pessoa roubar e, dependendo do caso, matar. Não justifica nem a pau! O direito de uma pessoa acaba quando começa o de outra, independente do status social e da situação em que a pessoa se encontra [seja lá com fome, com sono, com dores, com o que quiser]. Todo dia eu vejo um bocado de gente que consegue se virar pra arranjar o seu trocado, seja vendendo canetas, pipoca, chocolate, bombom, etc. no ônibus, seja trabalhando das mais diferentes maneiras. Repito: nada justifica uma pessoa roubar algo da outra. Então os ladrões vão queimar junto aos pichadores também.

Das classes majoritárias [é praticamente impossível elencar todos os que merecem um ‘ticket to ride‘ no inferno], os políticos corruptos tem lugar reservado lá com absoluta certeza. Eles estão encaixado no caso dos ladrões, mas sem o pretexto de não terem sido dadas condições para o sustento de sua família e de si próprio. Ou seja, apesar de terem condições de educar seus filhos nas melhores escolas, de garantir a saúde e o lazer da família inteira, saem roubando de nós o nosso suado dinheirinho [e isso em quantidades absurdas que nenhum ladrão-de-rua conseguiria]. Esses malditos, sem direito a prisão especial. Vão queimar no mesmo caldeirão com os pichadores e os ladrões-de-rua.

Padres pedófilos. Esses vão com gosto! Já não basta a importância que tem para uma enorme quantidade de pessoas, esses malditos ainda são exageradamente hipócritas [todos nós temos um realzinho de hipocrisia, não adianta negar] ao ir contra muito do que pregam e ao abusar de crianças inocentes de maneiras bizarras e que nem o Mr. Satan [quiçá meu chefe] imaginaria. Os pedófilos [incluindo Michael Jackson obviamente, me contradiga o juiz ou não] vão no mesmo bote queimar nas caldeiras do capeta!

Junto com essa galera daí de cima, todos os terroristas estariam incluídos [logicamente, o terrorista-mor George W. Bush tem uma vaga especial garantida pra queimar -nesse caso- nos mármores do inferno]. Matar uns aos outros por causa de ideologias/prevenção-do-terrorismo [leia-se petróleo] é algo que ultrapassa facilmente a idiotice. É a ganância que assola a humanidade e faz com que milhares [quiçá milhões, não sou o IBGE] de inocentes tenham morrido e que morram a cada dia. Faz parte da mesma trupe der Mein Führer Adolph Hitler e todos seus comparsas. Eu levantaria todos do cemitério, reviveria-os e mandaria a galera todinha lá pra queimar junto com o resto do povo. Malditos foram esses que mataram milhões pra propagar uma ideologia totalmente escrota que nunca deveria ter sido levada a sério [mesmo considerando a situação histórica da Alemanha, que daria muito pano pra manga].

Eu acho que esses são os principais que eu, num mandato de Oficial de Justiça do Inferno, mandaria pra virar churrasquinho [ou como diria Gera, ‘pra queimar na chapa, no sal e sem óleo, que é pra arder mais]. Relembro que o objetivo é fazer com que eles repensem na vida, assim como preceitua o nosso Sistema Penintenciário Brasileiro. O sofrimento é só parte da terapia… tenho quase certeza que depois de um tempinho tava todo mundo bom de novo e pronto pra voltar pra terra e viver como gente normal!

Ugo.

Dave Matthews Band – The Central Park Concert [um dia eu acho o DVD desse show, já vi o CD bem salgadinho na Livraria Cultura, mas o DVD tá difícil].