Un Análisis Sociocultural y Ecoturistico sobre el Encuentro Nacional de Estudiantes Erasmus en España 2011

En la semana del dia 10 al 15 de mayo más de 2000 estudiantes universitarios se reunieron en la Platja D’en Bossa, en Eivissa, Islas Baleares. La ciudad mezcla un tranquilo pueblo costero con una de las vidas notcturnas más animadas del mundo.

Lo más interesante en un  evento como el ESN Ibiza Trip es el hecho de que es muy fácil hacer amigos, pues todos estan allí para divertirse y cualquier desconocido puede convertirse en su mejor amigo en pocos minutos. Es válido decir que la ingestión del alcohol ayuda en el proceso, pero hay gente que hizo amigos bebiendo leche.

La cultura de Ibiza se confunde con la influencia de los estranjeros que fueron a vivir en la isla. En un mismo sítio se puede comer la tradicionalmente española paella y el desayuno típico americano con mucho bacon, huevo y café.

Un aspecto muy interesante de la isla es su belleza natural. Son varias calas y playas, una más espectacular que la otra. A media hora en barco está la isla de Formentera, que tiene las playas más bonitas que he visto en mi vida. El agua era azul de una manera que impresionaba hasta los menos sensibles, incluso yo. No me ha gustado, sin enbargo, haber pagado 4 euros por una Coca-Cola.

Tan importante para nuestra viaje como las visitas fueron las fiestas. Yo, como DJ amador y habiendo trabajado en algunos festivales, estaba sorprendido con la calidad de la música y la estructura de las discos.

Durante las fiestas, el nivel de interacción entre las personas aumentaba considerablemente. La mezcla entre el éxstasis causado por la música y la desinhibición del alcohol generó a varios momentos que muchos no van contar a sus hijos en el futuro, pero solo a sus mejores amigos.

El viaje fue increíble, así como el cuatrimestre aquí en la Escuela Oficial de Idiomas

Texto originalmente escrito para o curso de espanhol.

Ugo.

The Dead Weather – Horehound

Valladolid .3

As coisas estão engatinhando. Ontem fui na Polícia tentar tirar meu DNI, mas mais uma vez não pude. Agora porque eu tenho que ter uma maldita certidão de nascimento espanhola expedida especificamente para eu tirar esse documento. Tenho que tentar contornar isso, senão vai demorar muito até que o consulado de Salvador envie para o consulado de Recife para meu pai enviar para mim. Argh.

Depois disso, esperei Joh chegar. Pensava que ele ia chegar às 16h, mas isso foi quando ele chegou no aeroporto, que fica a pelo menos 1 hora da cidade itself. Depois que ele chegou, fomos procurar um albergue para ele. Aviso a quem vier aqui de passeio: não há albergue barato aqui. O mais barato que a gente achou foi 30 euros, mas ele só vai pagar 20 porque não tem banheiro no quarto [ou seja, são quase todos hotéis pequenos].

Demoramos muito tempo nessa história e por isso jantamos no meio do caminho numa loja bem mal cuidada da Telepizza. As mesas estavam uma bagunça monstra, mas a gente ignorou e foi comer de qualquer maneira. A pizza estava bem legal e depois de comer fui no banheiro tirar uma água do joelho. Eis que a maldita porta depois de trancada não queria mais se destrancar. Passei pelo menos 5 minutos tentando abrí-la, sem sucesso. E, para completar, estava sem celular, só me restava gritar por lá. Minha sorte foi que a parede não era fechada completamente, então dava para passar por cima. Juntei minhas forças e o pouco de agilidade que tenho e escalei a parede, fazendo desse o primeiro ato ninja meu aqui em Valladolid [espero que seja o único].

Depois, fui para casa enquanto Joh foi para o albergue. O tempo passou, me arrumei e a gente saiu. Iria haver uma festa de integração entre os estudantes Erasmus antigos e os mais novos, mas quando chegamos lá, às 23h30, não tinha ninguém no bar, chamado Cuore. Decidimos dar uma volta e esperar dar a hora certa [o povo só sai de casa a partir da meia noite]. Voltamos lá, necas. Ficamos sentados num banco na praça onde o Cuore fica e decidimos esperar para ver se alguém aparecia. Poucos minutos depois dois franceses [Yoel e Barbara], que também eram novatos por aqui e estavam sem entender por que não tinha ninguém na festa ainda. Conversamos por um tempão e decidimos entrar, mesmo sem ter ninguém, porque estava frio demais. Mais quase 2 horas de conversa e nada do povo chegar. Cada um foi para sua casa, mas valeu a amizade.

Ugo.

The Black Keys – Thickfreakness

Valladolid .1

Acordei quase às 10. Dormi bem, não fui interrompido e só acordei quando meu corpo achou necessário, ótimo. Sabendo que tinha que fazer aquele reconhecimento de território e ir na parte de Relações Internacionais ver o que eu tinha que fazer por lá. Ganhei uma carteira-cartão de estudante do Santander [com chip e tudo, no nome da Universidad de Valladolid, coisa chique] e um mapa da cidade e dos ônibus dela, agora sim eu poderia ser um turista feliz.

Peguei um ônibus para a Plaza Mayor, que eu acho que é o centro de Valladolid, mas não tenho certeza. E saí andando por lá, para fazer o turismo acidental, que é quando você sai andando sem ter um rumo muito bem definido e vai encontrando as coisas – favorece conhecer a cidade e suas peculiaridades em vez de ficar só vendo os clichês do lugar. Andei feito um condenado, fui pra todos os sentidos da Plaza Mayor até que cheguei no El Corte Inglés [cadeia de lojas de departamento espanhola bem famosa aqui]. Aproveitei para comprar algumas coisas necessárias [na lista, água, coca-cola, desodorante, blablabla] e dar uma olhada no preço das coisas.

Depois, decidi voltar ao meu aposento na canela, e a ‘viagem’ foi bem tranquila. Botei Kings of Convenience no iPod e segui rumo, mesmo sem saber o caminho direito. Saía andando por uma rua, quando esbarrava em alguma coisa importante eu parava para ver o que era e assim fui conhecendo algumas catedrais e praças que não conheceria nem tão cedo.

A temperatura aqui é massa, pelo menos por enquanto. Você anda tranquilamente, sem suar nem sentir frio, é uma delícia. Infelizmente não vai ser assim o ano todo, então resta esperar. Aqui, para minha quase-surpresa, tem gente. Eu pensava que era uma cidade dominada por universitários, mas tem de tudo. As escolas tão cheias de gente, as ruas também são habitadas por pessoas adultas e idosas. Claro que aqui é um pouco diferente, há muitas coisas familiares [inclusive um papel pendurado na porta de um bar dizendo que eles estavam de férias e voltariam de viagem na quinta de noite], bem menos cosmopolitas.

Ainda não conheço 10% da cidade, então não posso dizer muita coisa. Com o tempo vou escrevendo.

Ugo

Kings of Convenience – Quiet is the New Loud

Ponte Paris/Valladolid

Ontem acordei às 8h30 pelo horário do meu celular, mas não tive nem coragem de levantar, a preguiça era demais. Quando deu 9h15 o indiano que trabalha no hostel me acordou falando que era hora do check-out, blablablá [a hora mais tarde para se fazer o check-out era às 9h]. Fui arrumar minha mala [quando tinha chegado a galera já tava dormindo, então era difícil fazer as malas sem fazer barulho], mesmo com os malditos estando dormindo ainda. Apanhei bastante, mas consegui fechar a mala e a bolsa, que ainda tiveram um ajudinha de Joh, que colocou não sei quantas bermudas e camisas na mala.

Quando fiz o check-out já tinha passado das 10 horas, mas o recepcionista não se incomodou com isso [ufa!] e eu já estava pronto para ir embora. Deixei minha bagagem na luggage room e fui pro quarto de Joh, afinal não dava para fazer muita coisa em menos de 2 horas. O tempo passou rápido enquanto eu checava o email e pegava as fotos com ele. Quando deu meio-dia resolvemos ir almoçar. Fui dar um falou para os roomies e só encontrei Katrin e François [o belga que ela passou a noite toda judiando na farra do quarto dia, coitado]. Beijinho, bye bye. See you later na Espanha ou em outra oportunidade. Hora de comer.

Fomos pela 4ª vez [3ªseguida em almoços] no libanês da frente. Dessa vez foi meio difícil de engolir tudo, já tava enchendo o saco. Bucho cheio, partiu estação. Um até breve pra Joh [chega quinta aqui] e fui pegar o metrô. Cheguei na estação para pegar o quase-trem para o aeroporto. Fui comprar o bilhete e aí bateu o desespero: nenhuma das máquinas queria aceitar o meu cartão. Tá bom que eu tinha dinheiro, mas ela só aceitava moedas. Fui em pelo menos umas 5 máquinas e nada [haja saco]. Não tinha um lugar com funcionários do metrô para me vender, então tive que comprar uma água de 500ml a módicos 2 euros para conseguir moedas e comprar a passagem [eu estava me sentindo atrasado, o vôo era às 16h15 e já eram mais de 13h quando eu consegui pegar o trem].

Cheguei no aeroporto, foi tudo tranquilo, até que, durante o vôo, o capitão diz que vai atrasar 20 minutos, putz! Meu tempo estava relativamente apertado, e então bateu um senso de ‘corre, negão’ e a primeira coisa que eu fiz quando aterrissei em Madrid foi colocar o Kill ‘Em All do Metallica no iPod. A tensão se converteu em adrenalina e as coisas ficaram melhores. Peguei minha mala e saí quase voando pro metrô. Quando desci, o maldito estava indo embora. 4 minutos de espera e parti para a estação de Chamartín [não fala Chamartã, a França já se foi…]. Confusa bagarai a estação, subi mil e quinhentos andares para chegar na parte do RENFE e, quando olho, o maldito trem não estava lá! Faltavam 15 minutos para ele partir e eu não conseguia encontrar. Tinha trem das 20h, das 20h20 e não tinha o meu [que era às 20h20 também]. Fui louco na parte de atendimento e achei que não tinha ninguém [o que iria me causar uma revolta braba], até achar um senhor escondido lá. O cara me disse que o bilhete que eu tinha ia pra Léon, mas eu tinha comprado para ir a Valladolid, qual foi?? Depois de umas frases trocadas, o gênio do atendimento teve a ideia de me dizer que ia para Léon VIA Valladolid, agora ficou mais fácil, né? Corri para o buraco certo e entrei no trem. No relógio: 20h13, foi por pouco.

A viagem foi tranquila, rapidíssima [1h] e vendo Meu Namorado é Um Mafioso [com António Banderas] que tava passando na TV. Cheguei na hora prevista e, depois de pegar um ônibus e perguntar para umas 4 pessoas o caminho cheguei na minha atual e futura [pelo menos para os próximos 6 meses] residência. Por ter chegado relativamente tarde [22h], o lugar parecia meio fantasmagórico. O consiérge da noite é uma versão cheinha e 10 anos mais velha de Paulo André [preciso tirar uma foto, é hilário, hahahahaha] e foi bem gente fina. Em 10 minutos eu já estava no meu quarto. Peguei 1 dos 4 [ e um deles tá quebrado] elevadores e parei no 4º andar, o meu, e fui procurar. Os corredores já estavam com as luzes apagadas, o que formou um ambiente meio de filme pós-apocalíptico ou algo do tipo, mas achei rapidinho o meu, que não fica no final do corredor, ufa!

Quarto nº 432A cá estou eu! De frente à lavanderia 6, numa suíte melhor que o quarto inteiro do hostel que eu tava. Uma cama de solteiro, 2 mesas, estante, um armário relativamente grande, espaço de sobra. Quatro tomadas, mais uma que tem dentro do banheiro, composto por pia, choveiro [de 1m², mas a gente se vira], privada e bidê-frigobar. Ainda não tirei tudo da mala, acho que as coisas vão na base da necessidade. Uma das minhas maiores, por exemplo, é a de ir na lavanderia me familiarizar com a máquina de lavar e o ferro de passar, vai ser complicado!

Consegui falar com meu pai e minha mãe pelo celular, vi uns seriados que eu tinha aqui e fui dormir, essa odisseia já tinha sido demais para mim.

Metallica – Kill ‘Em All

5

5º e último dia em Paris como turista [amanhã estarei por aqui como um mero alien à espera da hora de viajar]. Depois da farra de ontem, Joh me acordou às 12h15 [meu celular só me acordaria 15 minutos depois] para me arrumar. Passado um certo tempo, fiquei pronto e Chico chegou. Almoçamos no mesmo árabe aqui das redondezas, nada saudável, mas num preço muito palatável, e partimos na canela para Montmartre.

Lá fomos primeiramente à Sacre Coeur, onde na frente dela tem vários artistas de rua bastante interessantes, entramos lá e demos uma passeada por dentro da catedral. Realmente, o lugar é bastante bonito, o dízimo da galera foi bem empregado. Estava tendo uma missa por lá, com direito ao coral das freiras e àquele órgão muito massa. Apesar de eu não acreditar nessas ladainhas religiosas, o momento por si só foi bem legal. Descemos de lá e tiramos umas fotos na frente do Moulin Rouge, onde eu já tinha passado na frente no primeiro dia, e pegamos um metrô para o Arco do Triunfo, que havíamos visto várias vezes, mas não visitado.

A visita ao Arco rendeu muitos momentos engraçados, assim como acontece sempre que saio com Chico, Joh e a galera! A gente filmou algumas coisas que não sei se vão para a internet algum dia, mas que realmente merecem ser vistos por outras pessoas. Vimos um bocado de militares creio-que-franceses em trajes antigos fazendo algum desfile ou algo do tipo. Preferimos não gastar muito tempo com isso e descemos, mais uma vez, a Champs-Elysée, desta vez parando na FNAC [paraíso tecnológico em que se eu tivesse milhares de euros não sobriariam nem moedas para contar história] e na Quiksilver, onde o lugar foi palco de mais fotos engraçadas [um dia elas estarão na internet, juro!].

Depois dessa turistada comercial, fomos ao novo arco do triunfo, o Le Grande Arche. Realmente, o monumento é enorme! E o lugar lá não se resume a ele! Ali fica uma parte moderna da cidade de Paris, com prédios gigantescos de empresas multinacionais poderosíssimas, a exemplo da Ernst & Young e da Otis. Andamos bastante por lá até chegar até uma área que dá para ver melhor o Arco do Triunfo original. A vista da cidade de Paris fica bastante interessante, pois de lá se tem uma visão muito diferente da cidade, podendo vê-la respirar com a quantidade enorme de carros indo e vindo. Achamos por lá um carrinho de supermercado e também tiramos algumas fotos enquanto brincávamos, hahaha.

Quando resolvemos ir embora, já eram quase 22h e não tínhamos jantado ainda. Chico ainda nos fez ir ao Hospital de L’Infantes e andar mais um bocado até conseguirmos achar onde comer [McDonalds mais uma vez, argh..]. Por lá, conversamos por muito tempo, quase uma hora, lembrando de muitas histórias engraçadas da época do colégio e tudo mais.

Vai ser foda passar um ano longe dessa galera.

Ugo.

Sem som.

Quarto

Esse foi, de longe, o dia mais divertido. Primeiro pelo fato de que eu acordei meio dia e meia, sem alarme, sem Joh enchendo o saco, sem nada. Poucas coisas são melhores que acordar assim do nada. Mais uma vez, esperamos Chico chegar aqui para ver o que íamos fazer. Decidimos almoçar aqui perto, no gueto mesmo, num restaurante bem tranquilo e limpeza. Pão sírio, frango e batata frita, suficiente para começar um dia bem calórico, mas vamo que vamo. Decidimos ir visitar a torre Eiffel, já que eu não tinha subido lá e Joh ainda não tinha ido ver.

Por causa da fila e da capacidade de poder parar em no meio da escada para tirar fotos, decidimos subir a torre na canela. Não pensem que a brincadeira é fácil, mas também não é de outro mundo, além do que o friozinho ajuda muito nessa época do ano! O primeiro andar foi mais difícil que o segundo porque a gente estava ‘frio’, então o cansaço foi grande. Tiramos algumas fotos [quando tiver eu posto, prometo!] e subimos para o segundo andar. Estávamos de boa por lá tirando mais fotos até que chega uma funcionária da torre pedindo que todos se retirassem porque havia alguma emergência [que não me foi explicada até agora]. Tivemos que descer aquela escadaria dos infernos em ritmo de procissão, uma encheção de saco incrível, além do fato de ter estragado a visita.

Sentamos por um tempo num banquinho do jardin da École Militáire para ver umas fotos das viagens de Joh e descansar um pouco. Fomos jantar [McDonalds de novo, é fogo] e comprar um batom de manteiga de cacau ou algo parecido, mas que veio me trazer a salvação, o frio – que não tá muito forte – estava rachando os meus lábios. A gente foi numa farmácia e a mulher disse que o mais barato que ela tinha era 4,50 euros [uns 10 reais, digaí]. Obviamente que a gente não ia comprar isso. Atravessamos à rua e fomos ao Monoprix, uma grande loja que vende tudo, mas eu acho que o foco são coisas femininas. Whatever, mulher tem o lábio rachado também. Achei por lá uma infinidade de batons com propriedade hidratante e acabei comprando 2 por 2,47, bem melhor, hein?

Depois do jantar, Chico foi para casa se arrumar, Joh foi para o Le Zenith ver o show do Sum 41 e eu vim pro hostel esperar o povo decidir o que ia fazer da vida. Katrin tava aqui e a gente ficou conversando até Chico me ligar dizendo onde ele estava com os amigos, no caso era um bar afro-cubano, coisa fina. A alemã bipolar decidiu ir com nóis e Joh chegou na hora certa.

Pegamos o metrô e fomos para lá. No bar conheci a segunda alemã, um argentino-mais-que-italiano, uma colombiana e uma islandesa que chamarei pelas nacionalidades porque não lembro o nome de ninguém [e não foi birita, mas só falaram uma vez e eu não fiquei prestando atenção, embora eu ache que o nome do argentino seja Emanuel e o da Colombiana seja Angela, mas são só palpites]. O bar estava cheio de gente, a maioria africanos, dançando umas músicas bem divertidas, mas não tinha como a gente ficar, pois não haviam cadeiras. Decidimos andar e ver se achávamos alguma coisa interessante. As alemãs se juntaram e saíram andando na frente, com o resto do povo só seguindo a uma certa distância. Vimos que não estávamos indo a lugar nenhum [e isso rendeu um grito meu de HALT para as alemãs pararem] e decidimos voltar e procurar alguma coisa por onde estávamos [Rue Saint-Denis].

Achamos o O’Sullivans, um lugar que me encantou desde o começo. Ele é o que o UK Pub quer,ia ser quando criança, mas não teve personalidade. Lá toca rock, AC/DC, Nirvana, Muse, etc. Lá todas as paredes são intencionalmente pixadas, fazem parte da graça do bar, além de haver vários quadros de personalidades da música, como Elvis, Bowie e Iggie Pop. O bar servia cerveja de 500ml [long neck my ass] e os atendentes eram simpáticos. A bronca é que Paris é Paris e tudo é caro por lá [a cerveja no copo de plástico de 500 ml era 6,30, a no copo de vidro – marcas diferentes – era 8,algo e uma lapada de tequila era 8,50!!], mas deu pra curtir com 3 cervejinhas e 1 tequila. No meio da noite ainda apareceu um cara do hostel, amigo da alemã, para completar a tchurma. Foi bem legal a noite, até que às 4h30 +- o bar fechou.

Não tínhamos muito o que fazer, pois o metrô tava fechado e a gente não estava muito a fim de ir andando ou de ônibus. A alemã não-bipolar decidiu chamar todos para a casa dela para ficar por lá até dar a hora. Eu pelo menos não fui muito simpatizante dessa ideia, já que a gente chegou lá às 5h15, faltando um quarto de hora para o metrô voltar a funcionar. Whatever, vamo simbora para lá. Chegando na casa dela, um sofá enorme que dava para 4 ou 5 pessoas. Quem sentou/quase-deitou por lá estava seriamente propenso a dormir [e foi o que aconteceu com a islandesa]. A cara de morte/tédio de Joh era hilária e Chico tirando um cochilo encostado na tampa do laptop da dona da casa também. Fiquei lá de boa esperando até quando eles iam ter paciência para aguentar essa brincadeira, hahahah. Não demorou muito mais que 20 minutos até Chico ter a iniciativa de puxar o bonde. Aí foi todo mundo. Só a alemã ficou [óbvio, a casa era dela, a bipolar veio com nóis].

Metrô, hostel, cama!

Ugo.

The Whitest Boy Alive – Rules

3e arrondissement

O terceiro dia começou com Joh chegando aqui no Hostel e me acordando antes das 9 [sacrilégio!]. Depois que ele foi informado de que não poderia fazer o check-in antes das 12, a gente decidiu ir turistar com Katrin, a alemã. Fomos pra Notre Dame, entramos lá, o lugar realmente é lindo, coisa fina. [preste atenção que não vou ficar ressaltando os contornos da arquitetura, blablabla]. Andamos um pouquinho por lá e fomos para o famigerado Museu do Louvre.

Muito legal o museu, desde a parte de fora, antes de entrar no dito-cujo, a pirâmide de vidro, etc. O lugar todo é muito organizado, apesar de que lá dentro eu passava o tempo todo muito perdido porque o lugar é gigante e labiríntico. Fiquei bastante impressionado com o tamanho de algumas pinturas [e a requerida paciência para pintá-las] e os detalhes. Vi aquela pintura que virou capa do cd do Coldplay em tamanho real e, putz, é grande o quadro!  Infelizmente, eu não gosto muito desse estilo de pintura, mas tinham muitas coisas interessantes que saíam do clichê Jesus-Maria-Apóstolos-Padres-Bispos-Papas, aí sim que prestavam. Vi e tirei foto com a brother Mona Lisa, mas ainda não peguei as fotos com Joh e Katrin, então fiquemos na espera.

Depois de um tempo arretado andando pelo Louvre e de 4 lances de escada MONSTRUOSOS, eu cansei. Não aguentava mais e já tava perto da hora do almoço. Fomos os 3 [eu, Joh e Katrin] procurar alguma coisa para almoçar perto do curso de francês de Chico. Foi um rolo do cão, uma vez que a alemã não toma refrigerante, não come pão ou leite e odeia McDonalds [Joh praticamente só queria McDonalds e ela só não queria McDonalds]. O páreo tava complicado, já que as sugestões iniciais dela foram comer omelete, restaurante senegalês e restaurante vietnamita [CORRE, negada!] . Com o impasse claramente difícil de ser resolvido e o tempo até a aula de Chico acabar esgotando, resolvemos nos separar. Katrin foi comer o omelete dela enquanto eu fui com Joh na McDonalds. Comemos, andamos até onde Chico estuda e depois pegamos um metrô para a Champs-Elysée [e hoje eu vou lá de novo…] ver o que as rebajas [não lembro em francês] tinham para nós.

Só eu acabei comprando alguma coisa, mas também sou o único que vai passar 1 ano lá e que tem algum motivo para comprar roupa de frio. Fui na H&M e comprei um par de sapatos brancos, um cinto [que não usei porque o animal do Joh pegou emprestado], um cachecol e um sobretudo muito massa [e que me dá 70 euros em motivos para eu emagrecer, porque a situação tá longe do ideal – o ‘look’ chega assim que Chico me passar as fotos ]. Conhecemos a loja da Nike, da Sony, Tommy Hilfiger [facaaaada], entre outras. Acabadas as compras, fomos à Cidade Universitária jantar, já que lá é bonzinho e barato.

Voltamos ao hostel, Chico foi pra casa dele se arrumar e eu e Joh fomos fazer o mesmo por aqui. A alemã bipolar, que ora estava sorridente e conversativa e ora estava mais calada que o defunto de um mudo, tinha bebido uma garrafa de vinho e estava no espírito de fazer farra. Bom saber. Joh conheceu os roomates dele, dois chineses que falam português muito bem [moram em Lisboa há 1 ano e meio e o objetivo deles é trabalhar com tradução Português-Chinês], foi engraçado isso. A bronca da noite é que Chico não tem muita pressa em se arrumar [por exemplo, há 1h ele disse que tava acabando de se arrumar para vir almoçar com a gente em algum lugar da redondeza e nenhum sinal dele] e quando deu umas 22h30 ela queria ir de qualquer jeito. Infelizmente, bros before hoes, tivemos que dispensar ela e um bocado de gente que tava saindo na hora. Mais um tempo se passou e outra galera foi embora e nós a ver navios.

Chico chegou era 00h30 e a gente foi procurar algum canto para ir. Fomos vetados numa boate lá porque eramos 3 homens e não levávamos acompanhantes [aqui eles têm essa frescura de que homem tem que entrar acompanhado de mulher, se for um grupo de homens querendo entrar provavelmente não deixarão] e vimos um bocado de pubs cheios de gente que estava assistino a Inglaterra e País de Gales [por sinal tinha um bocado de gente de kilt passeando por lá]. Não tinha um lugar que não estivesse superlotado e decidimos mudar de bairro para ver se achávamos algo mais legal. Fomos para perto de Sorbonne, a universidade, e começamos a busca por lá. Havia várias coisas diferentes, desde o Ze Bar [que devia ser o bar de algum Zé do Brasil], a um de música latina com cuecas e sutiãs pendurados.

Acabamos ficando num que eu não lembro direito o nome [Le Petit Pon qualquercoisa]. Um bar bastante simpático na beira do rio e cheio de gente. Estávamos perto do balcão dos bartenders e de lá saíam drinks realmente impressionantes, com fogos de artifício [ok, estrelinha, mas era bonito], taças gigantes, etc. Era bem legal. Fui de cerveja, Chico também e Joh tomou 3 tubos de ensaio de tequila, triple sec e curaçau blue, ficando pouco depois de acabar o terceiro bastante alegre. A gente mudou de mesa para um lugar que tinha melhor vista do resto do bar e que, por sinal, ficava perto de onde eles deixavam os copos com pipoca ou azeitona que eles punham nas mesas. Joh, já bêbado no meio de um copo de cerveja, começou a pegar na cara de pau e quando a gente foi perceber já tinham 3 copos empilhados, me fazendo ter um ataque de risos e Chico querer se esconder do bar.

Saímos de lá cantarolando música sertaneja [pro desgosto de Chico não só das músicas como da cantoria] e esperamos até dar 5h30 para pegar o metrô. Metrô, hostel, cama.

Ugo.

Queens of the Stone Age – Over the Years and Through the Woods

Segundas Impressões

A primeira ideia que eu tive de Paris foi meio de cidade metropolitana que não parava quieta. Vi uma parte da pobreza dela aqui em Barbés-Rochechouart, mas fiquei meio que esteriotipado por causa disdaram a ver que a cidade é mais que isso, afinal eu não tinha visitado o resto da cidade quando cheguei.

Agora, no segundo dia, eu visitei 2 cantos antagônicos e que me ajudaram a ter noção de que a cidade é mais do que eu pensei no começo. Primeiro fui com Katrin ao Champs-Elysées e andamos do Arco do Triunfo ao obelisco lá e depois à Torre Eiffel, turistão style [fotos chegam depois]. As coisas são bonitas, a cidade é bonita, é tudo muito bonito. Mas nunca fui muito um cara de arquitetura, paisagismo, etc. Olhei, bonito, check, passa pra outra.

Depois disso, fomos ao 3e arrondissement, que é meio que um bairro alternativo/underground de Paris. Achei legal lá, tinha uma loja cheia de coisa dos anos 80, umas camisas bem retro, coisa que todo cara que se perdeu nos 80s gostaria de ter [eu, que não me perdi nos 80s também gostaria de ter algumas coisas]. La almoçamos num turco maldito que não falava outra coisa a não ser francês, o que deu um nó na hora de saber o que eu ia comer direito, mas o kebab com umas saladas turcas lá tava gostoso. Andamos, andamos e andamos, parecia um bairro tranquilíssimo, cheio de arte e designers, coisa fina. O que me confrtou mais foi a calma do bairro, contrastando com a pressa dos bairros de turista em que ninguém para quieto por um minuto.

Deu 3 e meia, hora de ir pegar Chico no curso de francês pra ir passear. Katrin preferiu voltar ao hostel e eu fui lá. Conheci Talita, uma pauliiista de Cubatão amiga de Chico e voltamos aqui a Barbés[-Rochechouard] para comprar uma mala para ela. [Barbés é o bairro de periferia que mais tem negro/indiano/paquistanês então o comércio de vários tipos de coisa a um preço legal é intenso]. Depois disso, fomos a uma cadeia de livrarias que tem em todo canto e eu esqueci o nome [estou reescrevendo o texto de anteontem, não é muito fácil lembrar] e depois jantamos no refeitório da cidade universitária, onde estão os dormitórios dos alunos de fora de Paris que vêm estudar nas universidades daqui [lá a comida é boa e barata, nada melhor]. Depois, fomos tomar uma cervejinha só para ajudar a dormir [lembrando que quem converte não se diverte, uma vez que a 500 ml de cerveja eram 8,30 euros].

Ugo.

Sem som.

First Impressions on Earth

Paris, cheguei. Não sei o que aconteceu, mas estou numa maré de sorte incrível. A TAM não encrencou com o fato de eu ter dois nomes, as polícias não encrencaram com o fato de eu ter 2 nacionalidades, dei a sorte de viajar no corredor do avião com as 4 cadeiras livres para mim e de ter podido dormir como nunca tinha dormido em aviões: mais de 9 horas, mesmo que eu tenha acordado várias vezes. Consegui chegar no hostel, que por sua vez é na frente da estação de metrô, que beleza! E antes de sair com Chico, descobri que tenho uma linda roomate alemã e 2 camas vazias num quarto para 4! Nada de aparecerem 2 chineses/russos/italianos/etc. bêbados gritando pela noite e fazendo algazarra, só a simpática Katharine [nome sujeito a erros na grafia porque ainda não a procurei no Facebook, hahahah].

Chegando no hostel, dei uma descansada, pois mesmo tendo dormido um bocado eu ainda tava um pouco cansado, conheci a dita cuja e saí pra passear com Chico [ela foi cochilar]. Conheci um quase-nada da cidade, pois ele tinha que ir para casa cedo por causa das aulas. Andei pela Pigalle, a Red Light District / Reeperbahn francesa, nada de muito assombroso. Passei na frente do Moulin Rouge, mas só a entrada me assustou [pagar 80 euros só pelo espetáculo tá fora da minha realidade]. Confesso que queria ter parado para tomar uma cerveja e esquentar um pouco o corpo, mas fica para uma próxima. Primeiro dia não tem que ter alvoroço.

Sobre a cidade como um todo não tenho muita coisa a dizer, estou num bairro bem suburbano localizado na 18E, aqui a maioria da população é de negros, indianos e paquistaneses, mas não são perigosos, só saíram do país natal para tentar uma vida melhor por aqui, tirando os malas que sempre tem em qualquer lugar da cidade. Ainda não passei pelo clichezão de Paris [tá bom que o Pigalle e a Moulin Rouge sejam clichês, mas não chegam tão perto de uma Torre Eiffel/Arco do Triunfo/etc.], então ainda falta muito a se dizer.

Essas são apenas as primeiras impressões.

Obs: esse texto foi escrito de noite, que é quando a internet aqui no hostel é paga, então só estou publicando agora de manhã.

Ps1: depois que eu tinha escrito o texto apareceram dois eslovenos para completar o quarto, bah. Joh se lascou na história, pois eles vão passar 1 semana aqui e ele vai ter que ir pra outro quarto, não mandei se atrasar..

Ugo.

Ao som da estação que fica na frente do meu quarto, mas nada que incomode muito.

Ps2: acordei com a porra da rua em obras, britadeira do inferno.

Tá chegando a hora!

[Caralho,] Finalmente caiu a ficha. Em 16 dias estarei indo viver, por 1 ano [espero], num Mundo Novo [ao mesmo tempo que Velho]. Em tão pouco tempo eu estarei convivendo com um bocado de culturas e pessoas diferentes, numa cidade diferente [Valladolid tem 320mil habitantes], sem minha família, sem meus amigos [Paris vai remediar com Joh, Chico e Motta por lá, mas são 6 dias só, e o resto dos outros “361”?] e sem minha GVT 10MB!

O choque inicial vai ser forte, por sinal lembrei que por lá ainda terei a maravilhosa companhia de Bela e Rafa, mas são 2 pessoas contra os meus 671 “amigos” do quase-falecido Orkut ou 427 do famigerado Facebook. Onde eu vou morar? Com quem eu vou estudar? Com quem eu vou fazer farra? Quem vão ser meus melhores amigos? 2 dinamarqueses muito gente finas que pagavam quase todo drink pra mim numa época em que eu não bebia [ô desperdício]? Um geek, 2 geeks, vários geeks? Uma galera que curta um som legal? [ODEIO POP/ROCK/METAL/SAMBA/PAGODE/BREGA/SERTANEJO espanhol, principalmente cantado em espanhol, ainda que a pronúncia deles no inglês seja muito ruim também]. Quem sabe? Ninguém, essa é a questão. O que eu posso fazer é esperar e “pagar” [embora eu vá Paitrocinado] para ver.

Por lá eu pretendo jogar basquete [e que se torne um vício novamente!], ir para e fazer festas [Brasil Fest I, II, III, etc.], trabalhar em algum canto [num escritório, num bar, num uiscritório, numa agência de câmbio, sendo professor de inglês, whatever. Só não pretendo ser Go Go Boy, mas bartender de strip club é uma opção válida. Quero ver se por lá vou ter alguma vontade de estudar, pois a FCAP não é uma faculdade que estimula você a ser um bom estudante, e também tenho a intenção de conhecer o MEJ [Movimento Empresa Júnior] espanhol.

Eu quero tentar registrar o máximo de momentos por lá, embora não saiba direito como eu vá fazer isso. Meu celular é um lixo [embora seja bastante resistente e já tenha até se aventurado em um copo de água!] e a câmera dele é pior. Não tenho uma câmera digital, pois odeio aquelas feiosas e quem acha que ter 5, 8, 10, 12, 14, 200 MP seja tudo [hello, uma das partes mais importantes da câmera ainda é a LENTE] e não tenha dinheiro para comprar uma DSLR [embora vontade não falte – e nesses momentos dá vontade de tentar até a carreira de gigolô como uma maneira paralela de ganhar dinheiro, não obstante eu ache que não daria muito certo].

Posso tentar atualizar meu Daily Mugshot, embora minha webcam ultimamente tenha estado meio moody, para vocês verem a evolução da besta-fera. Tenho a intenção de manter esse blog atualizado, continuar no Facebook e no Twitter e, quem sabe, em um dia de revolta contra a lerdeza e a falta de necessidade, deletar o motherfucker do Orkut, embora isso não seja muito interessante para mim no momento, mas lá quando eu chegar vai parar de ter utilidade com quase toda a certeza do mundo.

Além disso, shows, viagens e [mais] festas permearão minha estadia por lá.

Ugo.

Panic! At the Disco – The Only Difference Between Martyrdom And Suicide Is Press Coverage [  acordei com vontade de ouvir. E para quem vier com mimi, fikdik]

PS1: acho que essas foram as minhas resoluções para 2011 que eu não tinha feito, hahah.

PS2: trocadilho infame: estarei mais “Altside” do que nunca.