Tá chegando a hora!

[Caralho,] Finalmente caiu a ficha. Em 16 dias estarei indo viver, por 1 ano [espero], num Mundo Novo [ao mesmo tempo que Velho]. Em tão pouco tempo eu estarei convivendo com um bocado de culturas e pessoas diferentes, numa cidade diferente [Valladolid tem 320mil habitantes], sem minha família, sem meus amigos [Paris vai remediar com Joh, Chico e Motta por lá, mas são 6 dias só, e o resto dos outros “361”?] e sem minha GVT 10MB!

O choque inicial vai ser forte, por sinal lembrei que por lá ainda terei a maravilhosa companhia de Bela e Rafa, mas são 2 pessoas contra os meus 671 “amigos” do quase-falecido Orkut ou 427 do famigerado Facebook. Onde eu vou morar? Com quem eu vou estudar? Com quem eu vou fazer farra? Quem vão ser meus melhores amigos? 2 dinamarqueses muito gente finas que pagavam quase todo drink pra mim numa época em que eu não bebia [ô desperdício]? Um geek, 2 geeks, vários geeks? Uma galera que curta um som legal? [ODEIO POP/ROCK/METAL/SAMBA/PAGODE/BREGA/SERTANEJO espanhol, principalmente cantado em espanhol, ainda que a pronúncia deles no inglês seja muito ruim também]. Quem sabe? Ninguém, essa é a questão. O que eu posso fazer é esperar e “pagar” [embora eu vá Paitrocinado] para ver.

Por lá eu pretendo jogar basquete [e que se torne um vício novamente!], ir para e fazer festas [Brasil Fest I, II, III, etc.], trabalhar em algum canto [num escritório, num bar, num uiscritório, numa agência de câmbio, sendo professor de inglês, whatever. Só não pretendo ser Go Go Boy, mas bartender de strip club é uma opção válida. Quero ver se por lá vou ter alguma vontade de estudar, pois a FCAP não é uma faculdade que estimula você a ser um bom estudante, e também tenho a intenção de conhecer o MEJ [Movimento Empresa Júnior] espanhol.

Eu quero tentar registrar o máximo de momentos por lá, embora não saiba direito como eu vá fazer isso. Meu celular é um lixo [embora seja bastante resistente e já tenha até se aventurado em um copo de água!] e a câmera dele é pior. Não tenho uma câmera digital, pois odeio aquelas feiosas e quem acha que ter 5, 8, 10, 12, 14, 200 MP seja tudo [hello, uma das partes mais importantes da câmera ainda é a LENTE] e não tenha dinheiro para comprar uma DSLR [embora vontade não falte – e nesses momentos dá vontade de tentar até a carreira de gigolô como uma maneira paralela de ganhar dinheiro, não obstante eu ache que não daria muito certo].

Posso tentar atualizar meu Daily Mugshot, embora minha webcam ultimamente tenha estado meio moody, para vocês verem a evolução da besta-fera. Tenho a intenção de manter esse blog atualizado, continuar no Facebook e no Twitter e, quem sabe, em um dia de revolta contra a lerdeza e a falta de necessidade, deletar o motherfucker do Orkut, embora isso não seja muito interessante para mim no momento, mas lá quando eu chegar vai parar de ter utilidade com quase toda a certeza do mundo.

Além disso, shows, viagens e [mais] festas permearão minha estadia por lá.

Ugo.

Panic! At the Disco – The Only Difference Between Martyrdom And Suicide Is Press Coverage [  acordei com vontade de ouvir. E para quem vier com mimi, fikdik]

PS1: acho que essas foram as minhas resoluções para 2011 que eu não tinha feito, hahah.

PS2: trocadilho infame: estarei mais “Altside” do que nunca.

Conhecendo o mundo

Ontem, aconteceram duas coisas interessantes. Quando meu time de futebol perdia, numa pelada que acontecia no Montefiore, prédio onde a gente  normalmente joga bola, eu parava pra conversar com PV, amigo de longas datas que morou no ano passado na França e fez mochilão por vários países da Europa – por sinal, ele se prepara pra fazer um mochilão pela América do Sul no começo de 2011, salvo engano. Eu, por minha vez, tive a sorte de ir algumas vezes a Barcelona e de ter visitado Roma, Londres e os Pirineus. As conversas que tive com ele sobre viajar me fizeram ter uma visão mais animadora do que antes eu julgava que fosse aquele tipo de turismo em que você faz uma listinha esperta de quais lugares visitar e sai dando visto neles [isso realmente não me interessa, já que paisagens, esculturas, monumentos, edifícios, casas, museus, blablablás arquitetônicos e históricos não costumam me comover].

Descobri que meu interesse mesmo é ver como os outros vivem [não que isso seja novidade pra mim, esse blog é uma prova de que eu gosto de observar o comportamento dos outros] e, se possível, viver os hábitos deles e sentir na pele as diferenças. Isso é bem mais interessante do que ver uma estátua que tá em uma cidade há 500 anos e vai continuar no Google até o fim dos tempos.  Essa convivência sim é uma coisa interessante e que não tem site que possibilite alguma experiência similar. Senti realmente vontade de viver vidas diferentes sem ter que começar a acreditar em reencarnação.

A segunda  coisa foi eu, sabe-se-lá-por-que, comecei a pesquisar sobre a história do Jack Daniels e fui parar num blog muito interessante chamado Marcas Poderosas, onde o autor, que também escreve o Mundo das Marcas, conta a história de várias marcas que representam muito de nossa vida moderna, inclusive a Jack Daniels. Curioso que sou, saí lendo os outros posts do autor e achei várias coisas interessantes, entre elas a história da Hägen-Dazs [o melhor sorvete do mundo, fato], Adidas [minha marca de sapatos preferida] e Hard Rock Café [nunca entrei num, mas não falta vontade – se bem que podia faltar turistas por lá, né. O de Barcelona vivia lotado].

Sendo que a história que mais me chamou atenção foi a da Heineken, não porque ela é uma história especial nem porque foi bem contada, mas pelo simples fato de que, morando aqui em Recife, a capital do Cu do Mundo [tá bom que é uma cidade relativamente grande, mas a gente vive num atraso tecnológico/industrial/capitalista enorme, sendo ignorados por várias marcas internacionais que já estão em outros cantos do globo], eu não posso vivenciar tudo que o mundo tem a me oferecer. Ficando apenas aqui, sou totalmente dependente dos outros em relação à enxurrada de coisas que está espalhada pelo mundo, desde uma simples garrafa de lata da Heineken a vários sabores de sorvete que nunca nem triscaram por aqui.

Lógico que não é só papo-gordinho de cerveja e sorvete [mal tomo sorvete], mas é um pouco de indignação com a quantidade de coisas que a gente perde por não sair mundo a fora atrás do que não chega até nós. Esse é um grande motivo para eu querer sair por aí e creio que o primeiro passo [se não o segundo, já que as experiências em Barcelona também contam] é me inscrever para o intercâmbio da FCAP na universidade de Alcalá, que fica pertinho de Madrid. Devo ir na secretaria da faculdade essa semana para colocar meu nome na lista e tentar viajar pra lá em 2011.1 e provavelmente ficarei 6 meses por lá [e redondezas, claro].

Acho que o mais importante de tudo é perceber o quão importante é ouvir e interagir com os outros, pois o conhecimento adquirido é sempre capaz de mudar nossas concepções sobre o mundo.

Ugo.

Transatlantic – Live in America [ao vivo com covers dos Beatles e das bandas deles mesmos. Contagem regressiva para a chegada do The Whirlwind, o terceiro cd deles.]