Pensamentos

Acho que converso mais com minha cabeça do que com alguma outra pessoa. Também desconfio que isso aconteça com todos.

Por mais legal que isso seja, incluindo poder tentar resolver problemas do dia a dia, bolar planos futuros, etc. Acaba, de vez em quando, sendo uma coisa ruim.

Certas vezes na vida, alguem nos passa uma mensagem clara e direta, com um significado único e de fácil de entender. Porém, justamentente por causa de nossos pensamentos, acabamos criando, de maneira incrivelmente incompreensível, uma resposta alternativa a o que deveria só ter uma interpretação.

Isso faz com que ilusões sejam criadas, fazendo com que vivamos num certo mundo alternativo até que a realidade nos bata de frente e com uma força que nem sempre paramos pra imaginar. Isso é o ruim no mundo dos pensamentos. Por mais que eles no façam ver um mundo melhor, com certeza não são o meio mais certo de se viver, pois quase sempre acaba que o que foi pensado como alternativa não dá certo e você quebra a cara.

Infelizmente, nem sempre podemos viver no mundo de realidade e acabamos por nos aventurar nesse país das maravilhas que existe em nossas cabeças.

Eu, por exemplo, quero viver nele por um tempinho. Vou lá, numa esperança não fundamentada [até anti-fundamentada], pronto para uma colisão com o mundo real.

Ugo.

Yellow Matter Custard – One Night in New York City

Delírios

Zeca estava sentado na sala lendo um livro, quando Jorge chegou discursando freneticamente:

O problema é que eu tenho o coração vazio e preciso de alguém para preenchê-lo.
Vejo em cada uma a possibilidade, a esperança.
Não é a coisa mais certa, não é a coisa mais bonita, mas a necessidade sempre fez o homem e comigo não seria diferente.
Tenho minha estrela guia, a mais desejada, a mais amada. Não obstante, o espaço não está reservado a ela, só é dada a preferência.
O que poderia impedir-me de que uma mulher bondosa, de boas intenções, hábitos e feições se aproximasse?
É uma solução para quem não tem nada e que sua preferida o esnobe a cada conversa, não é?
Em relação a ser amado, isso não dependeria de mim, dependeria dela. A mim cabe amá-la, porém não entendo a definição clara de amar.
Resume-se a companhia e fidelidade? Ora, isso posso fazer sem o mínimo afeto. Preciso de algo mais além disso, preciso saber o que fazer.
Posso aprender a amar, porém preciso de alguém para praticar, afinal, sozinho é impossível.

Zeca ficou parado, pensando. Desde que a febre o atingiu, seus delírios eram cada vez mais constantes. O médico disse para ter calma, pois a medicação não demorará para fazer efeito.

Ugo.

Seu Jorge – América Brasil [montando um repertório samba-rock esperto ;)]

Madre mia!

Primeiramente, gostaria de agradecer a todos que visitaram/visitam o Inside Altside [principalmente aos que regularmente visitam, hehe] porque o blog já está batendo a marca dos 1000 hits em 3 semanas de existência. Não sei se isso é bom, muito bom, ou excelente em relação a outros blogs parecidos com o meu [há algum doido que escreveria coisa parecida com a minha? Isso ia virar post, mas deu preguiça.], porém o que importa é que para mim é uma quantidade enorme e que eu não pensava que ia alcançar nem tão cedo. Lembrando que há a comunidade no orkut também.

Esse post é especialmente dedicado para as mães e futuras-mães que por ventura vierem a ler o que eu estou escrevendo, já que amanhã é o dia delas. Não que só mereçam esse dia, mas acharam melhor um só momento em que culminasse toda nossa admiração por nossas mães e até pelas mães dos outros [excluindo o sentido maldoso a la mãe do Stifler, não é, Finch?].

Na parte biológica da conversa, a mãe é a personagem principal. Sem ela, não nasceria o filho nem a pau [ambiguamente falando].  É ela que posteriormente vai amamentar, vai cuidar e se dedicar quase-que integralmente ao filho. E isso não acaba quando o tempo passa. As mães tendem sempre a acompanhar a vida de seus filhos, estão sempre tentando participar ativamente de suas vidas,  discutir todos os problemas e educar [não que os pais não o façam,  mas as mães tem uma presença muito forte dentro do lar, já que o que rege na sociedade é o fato de que os pais acabam trabalhando mais do que as mães -embora isso esteja mudando- e que elas descontam isso em casa, cuidando dos filhos e do lar].

É difícil sair generalizando sobre vários aspectos relativos à mãe alheia, já que todas tem suas peculiaridades e se eu disser algo sobre uma, pode ser o oposto em relação a outra. Mas há aspectos que são inerentes a qualquer mãe. Uma mulher que passa 9 meses [em média] com um filho na barriga, que aguenta todos os sintomas que vem com a gravidez, que batalha pra poder dar tudo do bom e do melhor para seu vindouro filho, é, sem sombra de dúvidas, uma guerreira e merece ter todo seu esforço reconhecido e, logicamente, recompensado [daí a justificativa de terem a licença-maternidade e a necessidade dela ser ampliada]. As que não conseguiram conceber os seus filhos não podem ser excluídas [apenas as que não quiseram , essas sim não merecem elogio algum -apesar da máxima de que cada caso é um caso-], já que elas passaram por todo um processo, mesmo que não tenham conseguido dar luz à criança. Essas, espero eu, um dia conseguirão o seu objetivo e, se incapacitadas fisicamente, ainda podem adotar um filho, pois mesmo que pese o fato de não ser biológico, o laço de comprometimento e amor com o bebê/nem-tão-bebê-assim é o mesmo [imagino que minha tia Lela concorde com isso, já que minha prima Clarinha é a prima mais amada da família -embora ela seja a única prima -].

Isso leva ao segundo ponto: o amor de uma mãe é incondicional [tirando as malditas que abandonaram seus filhos seja lá por que razão]. Por maior que seja a besteira que você faz, sempre será perdoado pela mãe [isso não justifica você querer ser um neonazista].  Esse dom é um dos mais especiais, já que Deus [o católico] que ama a todos ainda tem a cara de pau de mandar raio na cabeça de neguinho, enquanto uma mãe não faria o mesmo.. Elucubrações [anti]religiosas a parte, todos sabemos que um dia ou outro acabamos por brigar com nossas queridas genitoras. Isso pode acontecer por vários motivos, mas o que observamos é que no final tudo se arruma [teoria do Good Times, Bad Times, como diria o Led Zeppelin em um diferente contexto]. Pedimos desculpas, choramos, imploramos, e elas, misericordiosas que são, sempre aceitam. Isso só reforça uma coisa: o amor de uma mãe é incondicional, sempre.

E há muitos aspectos pra continuar enumerando, explicando e justificando. Mas eles são bastante óbvios e é desnecessário ficar delongando sobre eles. Creio que todos nós amamos nossas queridas mães e que elas fazem o mesmo em relação a nós.

Aos que puderem, curtam com suas mães esse dia que é delas. As avós, tias, primas-que-são-mãe, amigas-que-são-mãe, etc. também estão incluídas! Aos que não puderem, como eu, liguem, mandem email, encham o saco no MSN. Faça alguma coisa, Mutley!

Ugo.

Paganini – The 6 Violins Concertos [faz 1 dia que só ouço isso, tá na hora de mudar, antes que o sindicato dos letristas venha atrás de mim por passar tanto tempo sem ouvir/ler/escrever uma letra de música.]