Bomba instantânea de felicidade [BIF]

No overall, eu não passei um dia muuito alegre hoje. Dormi muito pouco, tive que ir pra aula e não fiz nada de produtivo a tarde toda, tampouco agora de noite, só consegui ler 10 incisos do art 5º da CF [= nada]. Mââs, ao sair pesquisando aqui no Wikipédia por um cd ao vivo da banda Spock’s Beard, só pra tirar uma dúvidazinha em relação à ordem das músicas que tava errada aqui no computador, me deparei com a notícia de que os membros de uma de minhas bandas favoritas, chamada Transatlantic, decidiram se reunir pra gravar um cd novo, com previsão pra esse ano ainda.

Essa notícia me causou uma felicidade instantânea, pois não era algo que eu esperava e foi uma notícia bastante feliz. Isso me levou a pensar que, se a infelicidade pode ir construindo uma fortaleza com os acontecimentos mais recentes [e em alguns casos acontecimentos bastante antigos], uma notícia ou alguma coisa bastante inesperada ou igualmente expectada pode agir como uma bomba instantânea de felicidade, carinhosamente ‘assiglada’ de BIF. O que ocorreu hoje comigo endossa minha teoria: estava eu puto da vida por não ter ido ao Quintal PE, por não ter dormido quase nada, por ter tido aula num domingo de manhã e por não ter feito nada no resto do dia. Quando eu li a notícia, a BIF destruiu toda essa infelicidade que foi se construindo no decorrer das últimas 24 horas.

Então, dá pra concluir que, não importa o quão cabuloso seja o dia, não importa se o djabo tirou o dia pra tocar o terror na tua vida, há sempre a possibilidade de que algo causador de uma felicidade imensa aconteça e acabe com toda essa mazela emocional que esteja acontecendo. Só que é meio difícil uma BIF cair na cabeça de uma pessoa toda hora, deixando esse hipotético felizardo anestesiado de toda e qualquer desgraça que venha acontecer, até porque se caísse toda hora, o mundo viveria num estilo a la ‘why so serious?’ e as coisas não dariam muito certo.

Só restam três considerações finais: a primeira é que a gente tem que ir construindo a felicidade tijolo por tijolo, sem deixar que a infelicidade se aposse da ‘fortaleza’, a segunda é que é sempre possível cair uma BIF, e a terceira é a mais legal: Mama, se prepara que, em acontecendo de o Transatlantic não pairar pelas terras brasilis, minha aparição por aí é dada como quase certa!

Ugo.

Transatlantic – Live in Europe [quem sabe eles não gravam outro DVD igual a esse… quem sabe eu não estarei na platéia, mwahahahah!]

Hay que arrochar sin perder la compostura

Estive pensando agora sobre a grande timidez que me assombrava no passado. Não que eu tenha superado ela totalmente, mas em boa parte sim, com total certeza. Hoje em dia, principalmente no meu curso de administração, é essencial que uma pessoa sinta-se a vontade para falar em público, consiga manter sua compostura e passe sua mensagem de forma clara e objetiva, mas nem todos são assim.

Eu lembro de quando estudava no Colégio Boa Viagem que teve um amigo meu que deixou de apresentar vários trabalhos por crises de timidez que o ‘travavam’ totalmente. Ele simplesmente não conseguia dizer um ‘ai’ e por isso acabava apresentando o trabalho particularmente aos professores. Isso é uma coisa horrível, pois ninguém pode ascender na vida sem conseguir expressar-se perante a uma grande quantidade de gente, já que certamente em algum momento da vida, algum discurso/palestra/qualquer-coisa-do-tipo será necessário para consolidar seja lá um cargo ou uma carreira como professor/palestrante/diretor de alguma empresa.

Na minha vida, sempre fui tímido. Sou até hoje em algumas situações. Entretanto, com o passar da vida, comecei a pensar por que diabos eu teria medo de falar em público ou apresentar-me na frente do povo. É fato de que, normalmente, ou seja: sem a pessoa ter sido mordida anteriormente por um zumbi/vampiro/chupacabra, os seres humanos não mordem. Tampouco podem fazer alguma coisa tenebrosa, a não ser que haja um rebelde no auditório/sala/lugar-onde-você-esteja-discursando que saia dando tiros ou atirando pedras, coisa bastante improvável.

Vi que uma coisa era importante: saber do que se está falando. Uma pessoa tímida não tem muita capacidade de improvisação quando se fala de um tema que não foi antes estudado a fundo e isso vai causar um enorme desconforto se perguntarem algo mais complexo. É clara a necessidade de se saber sobre o que vai ser discutido para poder haver um desenrolar de conversa mais tranquilo e menos traumático. Atualmente, sinto que consegui desenvolver a capacidade de conversar sobre alguns assuntos bem escabrosos que eu antes nunca tinha ido a fundo, mas não é o ideal, isso é só uma maneira de evitar travar na conversa e prossegui-la sem transtornos. Pra quem quer ser um blefador de qualidade, recomendo os Manuais do Blefador, que vão dar uma visão geral sobre vários assuntos e você vai enrolar direitinho, mostrando que é o bambambam dos assuntos. Nunca li esses livros, se bem que queria, mas meu tio leu e até hoje ele fala sobre a nouvelle vague e o ballet russo com maestria.

Eu acho que aprendi minha lição sobre timidez perante grupos de pessoas. Infelizmente não é o único tipo que existe, então tenho que trabalhar para conseguir ser mais solto em outros aspectos também. Espero que quem tenha algum tipo de timidez pare para refletir e acabe concordando que isso não leva a nada e é questão de alguns dias pensando sobre esse assunto e alguns outros dias exercitando a ‘falta de timidez’. Depois que se a pessoa está bem treinada, é só chegar na hora de fazer um discurso/apresentação e arrochar sin perder la compostura!

Ugo.

Streetlight Manifesto – Everything Goes Numb [um dos cds mais upbeat que já ouvi. me empolgo bagarai ouvindo]